Este é o primeiro relato de uma viagem à Escandinávia que iniciei no dia 23 de junho. Saí de Curitiba com a TAM rumo a Paris, com escala no Galeão, RJ. Em Paris, no mesmo dia da chegada, peguei um vôo da Scandinavian Airlines (SAS) direto para Copenhague. Arrisquei, pois se o vôo da TAM atrasasse muito, eu podia perder o vôo da SAS... mas só atrasou uma hora e eu ainda tive que fazer hora no aeroporto. Cheguei em Copenhague com tudo correndo bem!
Aliás, é bom que se diga que é muito fácil chegar em Copenhague (Brasil, a copa vem aí...). No aeroporto existem linhas de ônibus, metrô e trem para diversos lugares, entre eles a Estação Central, ponto de partida para qualquer lugar e próximo de muitos hotéis (uma boa pedida é escolher um hotel por aqui).
Aliás, é bom que se diga que é muito fácil chegar em Copenhague (Brasil, a copa vem aí...). No aeroporto existem linhas de ônibus, metrô e trem para diversos lugares, entre eles a Estação Central, ponto de partida para qualquer lugar e próximo de muitos hotéis (uma boa pedida é escolher um hotel por aqui).
Eu cheguei de Paris já passava das 22 horas e, mesmo com imigração, bagagem, informações e achar o trem, antes da meia-noite já estava no quarto do hotel. Deu tempo até para fazer um lanchinho no aeroporto... olhai a primeira refeição “dinamarquesa”:
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Hot dog dinamarquês... saboroso! |
No primeiro dia na cidade, saí sem rumo. Fui em direção ao centro da cidade e logo dei de cara com aqueles ônibus que fazem tours pela cidade, tipo a linha turismo de Curitiba (a comparação é valida, apesar de eu não ter andado em Curitiba ainda...). Já falei desses ônibus aqui no blog em outras cidades (Barcelona, Praga, entre outras). É sempre uma boa solução. E era perfeito para um dia sem rumo.
Peguei o ônibus em frente à Estação Central e minha primeira parada foi direto num dos símbolos da cidade. Alguns o definem como um monumento meio 'sem graça'. De qualquer forma, encanta turistas do mundo todo... basta ver a quantidade de gente se aglomerando para tirar uma foto da "pequena sereia":
Tá bom... talvez nem seja tão sem graça assim...
Até que é bonitinha! Não resisti e também tirei a minha foto:E tinha que ter um intruso lá atrás... muita gente torceu pra ele errar o passo ao pular para acariciar as belas coxas da sereia... ops! peraí... coxas? mas não era uma sereia? Eu explico: para os desavisados, o conto do dinamarquês Hans Christian Andersen fala de uma sereia que se apaixona por um humano e abdica da vida no mar e de sua linda voz para viver o amor... ai, ai... mas nem tudo acaba bem. Se quiser ler a história bem resumida, via Wikipedia, clique aqui.
Depois da sereia, voltei ao ônibus e desci num lugar chamado Kastellet. Era uma fortaleza usada para proteger a cidade nos tempos medievais. Hoje é um belo parque bem preservado e muito usado para caminhadas e corridas matinais, além de piqueniques em família. No verão, é claro!
Na entrada há uma bela fonte, chamada Gefion Fountain, que representa a criação, pela deusa Gefion e seus touros, da ilha onde está Copenhague.
Saindo dali, a próxima parada foi em Amalienborg, a morada de inverno da família real dinamarquesa.
O que achei mais impressionante deste lugar foi a vista para o outro lado do canal, com a imponente edificação da Ópera de Copenhague. Uma pena que não havia nada em cartaz nesses dias...
Caminhando cheguei ao famoso Nyhavn, certamente um dos lugares mais fotografados de Copenhague. Como o nome diz, trata-se de um antigo porto totalmente renovado (ny=novo; havn=porto). Aqui se estabeleceram inúmeros cafés e restaurantes que fazem a alegria de milhares de turistas e dinamarqueses, em especial no verão. E continua funcionando como porto de ancoragem de pequenas embarcações de madeira, o que só confere ao lugar um visual ainda mais bonito.
Não sei se é pelo colorido do casario ou pela energia das pessoas, mas o lugar é mesmo muito vibrante!
Foi aqui que eufiz a minha primeira refeição dinamarquesa de verdade. O costume aqui é comer algo mais leve no almoço e depois jantar com mais substância. E os restaurantes, na maioria, tem seus cardápios adaptados a esse costume, ou seja, à noite servem pratos à la carte com entrada, prato principal e sobremesa. Mas até as quatro ou cinco da tarde, você pode pedir o que eles chamam de smorrebrod. Essa palavra estranha é traduzida como 'pão com manteiga' e é o que acompanha diversos tipos de recheios frios. Neste primeiro dia eu fui em algo mais comum, até porque vi a cara do prato numa mesa ao lado... veja se não é apetitoso:
Em resumo, um suculento hamburguer (de pura carne), em um pão de centeio - tipo pão italiano, acompanhado de batatas noisetes, cebola roxa, folhas verdes e um molho tipo maionese delicioso. Adorei esse jeito dinamarquês de comer! Ah! E a cerveja, claro, uma Carlsberg legítima!
Continuando o dia, segui caminhando até o hotel. Antes de chegar, porém, como era sábado, encontrei um daqueles encontros de motoristas que acontece com fuscas em Curitiba, sabe? Pois é... só que aqui não era de fusca...
Bonitinho oencontro de motoristas de Ferrari num sábado à tarde... |
Depois de ouvir o barulho das Ferraris indo embora, voltei pro hotel. Mas logo saí de novo, pois a noite aqui só chega depois das 22h30, quando começa a escurecer. O dia fica looooongo...
Aproveitei a "noite" para conhecer o Tivoli, parque com inúmeras atrações que encanta os dinamarqueses desde 1843. Há belos jardins, restaurantes para todos os bolsos e diversões que vão de simples joguinhos até montanhas russas radicais. Um lugar para passar o dia! Veja as fotos deste que é considerado um dos parques mais antigos da Europa:
Shows e concertos também acontecem aqui diariamente no verão |
No dia seguinte peguei a outra linha do ônibus turístico, mas não desci em nenhuma parada. Meu objetivo do dia era a fábrica da Carlsberg, a cerveja dinamarquesa que ganhou o mundo. Depois do tour de ônibus, desci perto da fábrica onde está o museu.
O museu é pequeno, mas muito bom. Sem contar que você ganha duas cervejas para degustar... ;-)
Impressiona ver como era a fábrica:
Instalações antigas onde hoje é o museu Carlsberg |
E aqui parece ser só a administração do grupo |
Aliás, todo o quarteirão pertence ao grupo Carlsberg. Eles foram responsáveis pelo desenvolvimento dessa região da cidade e, desde o século XIX, imprimiram sua marca nos nomes das ruas ou mesmo na... digamos... decoração das ruas... veja:
Depois daqui, voltei andando para o hotel. quase quatro quilômetros, mas como a cidade é totalmente plana, a gente nem sente. Sem contar que não tem coisa melhor para conhecer um lugar do que percorrê-lo a pé! No dia seguinte fiz um passeio para fora da cidade, mas isso eu conto depois. Por enquanto, para encerrar a visita a Copenhague, seguem mais fotos, tiradas no último dia na cidade.
Viram o elefantinho? Havia muitos espalhados na cidade. É uma versão da "cow parade", só que voltada à preservação dos elefantes. |
Vista do interior do Museu Nacional da Dinamarca. Acervo excelente sobre a história da humanidade. |
E aqui, uma foto da minha última refeição na Dinamarca... bonito o prato, né? Resolvi ser mais ousado no smorrebrod e fiz um pedido mais exótico e típico.
Pedi duas variedades. A primeira era filé de peixe à milanesa acompanhado de camarões e caviar (aqui é normal). Mas nem tudo são flores... pra não dizer que "há algo de podre no reino da Dinamarca" porque não era esse o caso. Era questão de gosto mesmo. O fato é que o peixe frito e os camarões salvaram o almoço. A outra variedade era chamada herrenk - que eu imaginei ser o peixe arenque, simplesmente defumado, como vi em fotos. Doce engano.
Doce mesmo, pois ele veio em três variedades, e em todas elas estava cru (nada a ver com comida japonesa) e marinado em especiarias, o que lhe dava um sabor muito adocicado... juro que eu tentei, caprichei na raiz forte e nas alcaparras, mas não deu. Fiquei só com o peixe frito mesmo!
Mas isso em nada manchou a minha estada em Copenhague. Basta saber que na próxima vez, nada de arenques no meu prato!
Amanhã publico minha visita ao castelo de Hamlet, a cerca de 50 quilômetros de Copenhague... muito bom!
Até!
P.S.: A propósito, gostaria de esclarecer para alguns, especialmente um irmão meu, que eu não fui para uma loja de chocolates. A Copenhague que eu estive é a capital da Dinamarca. Com esse esclarecimento, espero evitar (mais) piadas... ;-)