sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um dia perfeito em Barcelona!

E aqui vai mais um relato da série "Um dia perfeito em...". Tudo bem, eu criei agora essa série, mas vai funcionar porque toda viagem me proporciona dias perfeitos.

E o meu segundo dia de viagem foi assim. Logo cedo tomei café no hotel - não era muito barato, mas muito bem servido de frutas frescas - e saí com destino certo: Plaza Catalunya, onde pegaria o ônibus que faz o "city tour".

Há viajantes que tem um certo preconceito contra estes city tours. Dizem que é "coisa de turista". Eu não acho. Funciona bem em duas situações: quando você chega pela primeira vez na cidade e ficará uns dias, o city tour funciona como uma apresentação geral para você escolher o que realmente deseja visitar. Ou, em outra situação, quando você tem pouco tempo e quer ver (ou rever) alguns dos lugares mais importantes da cidade.

A minha situação é uma mistura das duas. Tenho pouco tempo e quero rever alguns lugares para decidir o que vou visitar no outro dia que estarei aqui, antes de ir embora. Peguei o ônibus iniciando pela linha azul (são duas linhas incluídas no mesmo bilhete), e depois prossegui com a linha vermelha. Para fazer as duas é preciso cerca de 3 horas. Se tiver que escolher, pegue a vermelha, que é mais completa. Mas só a azul passa pela Sagrada Família, a catedral emblemática de Gaudi, símbolo da cidade.



Esqueci de dizer que você pode descer e subir do ônibus nos pontos turísticos quantas vezes quiser. Eu não desci nenhuma vez. E decidi isso logo ao passar pela Sagrada Família, pois cheguei a pensar em visitá-la por dentro até que vi a "pequena" fila para entrar...


Não dava, né? Continuei o passeio confortavelmente instalado no piso superior do ônibus, ouvindo uma narração em português, explicando tudinho de cada lugar.

E assim foi grande parte do dia. Descobri que Barcelona está linda e que tem muita coisa pra ver e visitar na cidade. E aqui mais um recado ao Brasil: grande parte das atrações e da vocação turística vem da realização das Olimpíadas de 92. Foi o evento que revolucionou a cidade, o que, aliás, a tornou exemplo para todas as outras sedes seguintes. Veremos, né, Rio 2016? Quero estar lá pra ver...

Agora veja por onde passei:
Obra de Gaudi (1):

 Obra de Gaudi (2):


Obra de Miró:




"Clichezando" o blog, Barcelona é um museu a céu aberto. Inúmeras obras estão instaladas por todo o canto:



Depois do passeio, decidi caminhar por "La Rambla", uma rua de pedestres que liga a Plaza Catalunya ao mar. É também um dos símbolos da cidade.



Algumas quadras de caminhada e cheguei naquele mercado que citei no primeiro post: o Mercado de St. Josep, ou Mercado de La Boquería. Entrei para tirar as prometidas fotos. Aí vai:




  



E o melhor do mercado foi um daqueles achados que você se orgulha de ter feito. Resolvi comer alguma coisa ali mesmo (já eram quase quatro da tarde) e entrei num restaurante com mesas na calçada, ali mesmo, dentro do mercado. Ambiente bem despojado e sem frescura.

Mas a comida... Meeeeuuu!

Que comida! É comum nos restaurantes da Europa oferecer menus prontos, com prato e sobremesa ou entrada, prato e sobremesa. Escolhi o menu "paella", com direito a entrada, paella, sobremesa e bebida. De entrada escolhi mexilhões. Imaginei uma daquelas saladas ao vinagrete, sabe? Ô pensamento pobre... olha o que veio:



Delicioso! Tempero suave, mexilhões tenros e quentes... ai, ai...
Depois veio a paella. Desnecessário dizer que também estava perfeita. Olha aí:



Não costumo mostrar foto do "depois", mas como até o garçon riu ao retirar os pratos, cabe o registro:



Ele fez um só comentário modesto: "pelo jeito "la paella estava perfecta"... hehe

Finalmente, a sobremesa,um flan que aceitei de pura gula e curiosidade...



Além da comida, outra grande vantagem do "achado" restaurante: a conta.



Para finalizar o dia, continuei caminhando com a intenção de chegar ao porto, de onde pegaria um metrô até perto do hotel. Mas... no meio do caminho tinha um teatro.

Trata-se do Liceu de Barcelona, uma importante casa de óperas da Europa. Entrei para bisbilhotar a lojinha de souvenirs e descobri que naquela noite haveria a última apresentação da ópera Falstaff, de Verdi. Mas calma, não se animem... ingressos esgotados. Frustrado, pensei comigo "ainda bem, to cansado mesmo"...

Mas ao sair da lojinha, dei mais uma olhada na vitrine quando um senhor me abordou perguntando se eu procurava ingressos para a ópera... hehe... e a ópera foi linda!





E o teatro é igualmente suntuoso. Conheci também Doña Fracesca, uma amável senhorinha catalã que me fez prometer que mandaria "sus recuerdos" ao Brasil. Ela esteve por lá e conheceu as Cataratas do Iguaçu e o Rio de Janeiro. Muito simpatica. Doña Francesca, "sus recuerdos" foram dados!

Antes da ópera ainda deu tempo de caminhar até o porto e tirar algumas fotos deste ponto de muita concentração de turistas e cidadãos, pelas diversas opções de lazer. Era uma área totalmente degradada que foi transformada para... a olimpíada de 92, é claro!




E assim foi o dia. Agora diga se não foi perfeito...

Até!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Que Doha é essa?

Cheguei! Estou em Barcelona depois de uma maratona aérea de mais de 30 horas, incluindo espera em aeroportos. Mas o objetivo dessa viagem era esse mesmo: aventura!

Comprei uma passagem promocional da Qatar Airways pelo simples fato de experimentar. Quem me conhece sabe que não sou de economizar por besteira e o fato de pagar pouco por uma passagem à Europa escondia mais do que a simples economia. Eu queria saber como era!

E, para resumir a sensação, vou repetir o que escrevi no twitter: por mais que o desconforto seja grande e as horas sejam intermináveis, ao chegar no destino tudo vira passado insignificante...
É isso mesmo. Saí de Curitiba às 19h50 de domingo, dia 26 e cheguei em Barcelona às 3h30 da manhã de terça-feira, dia 28 (tudo em hora de Brasilia).

As 13 horas de São Paulo a Doha foram muito tranquilas. Dormi, li e assisti um filme indiano... aliás, a lista de filmes da Qatar parece uma locadora. É muita coisa!!!
A comida também é muito boa. Café da manhã e jantar, ambos em porções generosas e bem saborosas.

A chegada em Doha também foi fácil. Estava um pouco apreensivo quanto à conexão, mas tudo é muito fácil. No check-in em SP você já recebe o cartão de embarque num envelope amarelo que te identifica como "passageiro em conexão". Chegando em Doha, basta seguir os iguais (portadores do envelope amarelo) e tudo será tranquilo.

Aliás, o aeroporto de Doha é um exemplo de organização. Como é um gigantesco canteiro de obras (a inauguração é prevista para 2012), tudo é feito e sinalizado para ninguém ficar perdido. O terminal de passageiros é gigante e já está pronto, sem parecer que há obras em toda a volta. E olha que a copa aqui é só em 2022... igual ao Brasil...



Deu tempo para um "fast food" árabe... "xis rosbife com onion rings". Só que as onion rings eram batata frita, feitas naquele formato não sei de que jeito...

Nada de atrasos, tudo correu às mil maravilhas. O vôo de Doha a Barcelona era mais curto ("apenas" 7 horas), mas o avião era menor e menos confortável. De qualquer forma, o entretenimento compensa. O fato de não ter filmes em português não é tão prejudicial, pois as legendas em inglês suprem a deficiência na compreensão da fala... Sem contar que assisti "A Noviça Rebelde" pela décima vez... hehehe...

Agora o que fez a viagem passar rápido foi sem dúvida a minha viagem mental... Como o tempo estava limpo, mesmo sendo à noite eu podia ver cidades iluminadas lá em baixo. Passei por toda a Arábia Saudita, o Mar Vermelho, o Egito e o Mar Mediterrâneo com as ilhas gregas e a ponta da "bota italiana", Sicília, Sardenha... foi uma viagem completa por todos os primórdios da civilização humana... mágico!

Em Barcelona, a imigração foi normal e nem perguntas foram feitas. Será que o problema com brasileiros é só em Madri ou as notícias que recebemos dizem respeito a pessoas que realmente tentam entrar no país de forma suspeita?

E falando em copa do mundo e estrutura de aeroportos, olha só o tamanho da área de recuperação de bagagens do aeroporto de Barcelona... dá uma inveja, né?

Depois da maratona aérea, ainda tive fôlego para chegar em Barcelona e caminhar pela cidade até que o quarto do hotel estivesse liberado. Andei pelas Ramblas e pelo bairro antigo, com becos estreitos e construções medievais. Passei pelo Mercado de St. Josep, um tipo de mercado municipal da cidade, onde as barracas de frutas, doces, frutos do mar, carnes, frios, queijos... são absolutamente irresistíveis. Que vontade que dá de morar aqui só para comprar essas coisas e cozinhar... ai, ai... Não tirei foto porque o cansaço não me deixou raciocianar e deixei a máquina no hotel, junto com a bagagem. Se der, amanhã tiro fotos e posto aqui!

Depois de um café com croissant, voltei ao hotel por volta de uma da tarde, na esperança de ter o quarto liberado. Para minha alegria, instalei-me no quarto, tomei um banho e nem lembro como deitei e dormi até as ocho de la noche.

Saí pra jantar e saboreei uns pratos japoneses num restaurante ao lado do hotel. Uma delícia! Nada típico da catalúnia, mas era tudo que eu queria...
Guiosas:

Sashimi:

Yakisoba:
E vinho, é claro! Aliás, adoro viajar para lugares frios. E um dos motivos é que você pode tomar vinho e mais vinho sem nenhum preconceito... hehe


Amanhã farei um passei pelos principais pontos turísticos da cidade. Como fico aqui só um dia, a melhor pedida é apela para os "city tours" em ônibus de dois andares (iguais ao de Curitiba).

Buenas noches e me acompanhe na viagem!

Até!

domingo, 17 de outubro de 2010

O Encantador Reino da Magia!

Ou seria o Mágico Reino do Encantamento? Não interessa. Magia e encantamento nos acompanharam na maratona de visita ao Disney's Magic Kingdom das 9 horas da manhã de segunda à 1 hora da madrugada de terça. Sim! Graças às horas mágicas, Carolina, Fabio, Nancy e eu ficamos 13 horas no parque. Lígia e Mariana voltaram após o almoço para descansar no hotel e nos reencontraram no início da noite (viram como é bom estar nos hotéis da Disney? Ônibus vai e vem o dia todo!).

O clima aqui é outro. Difícil de explicar. Primeiro que é muita gente entrando, muita gente parando para olhar,  para fotografar ou simplesmente para sorrir. A entrada é direto para a chamada "Main Street", com suas lindas lojas de souvenirs, doces, sorvetes e mais magia, mais encantamento.


Ao fundo, imponente, o magistral e hiper-mega-fotogênico castelo da Cinderela, igualzinho ao que sempre vimos desde criança nas vinhetas de abertura de qualquer filme da Disney. Só faltou a fada Sininho soltando seu pozinho mágico em volta dele.

Mas o mestre Disney e sua criação mais emblemática, o camundongo, reinam em destaque na praça de frente ao castelo.

E assim, meio anestesiado, sem saber pra que lado olhar ou andar, entrei no reino da magia Disney, um mundo que habita o meu imaginário desde que me conheço por criança.

Um mundo que estava ali na minha frente, dentro da TV em inúmeras tardes de sábado. E agora estou aqui. A Mariana que me desculpe, mas tenho que repetir: "here the dreams come true" (aqui os sonhos se tornam realidade).

Eu já disse que o castelo é bem fotogênico?

Passamos por diversas atrações, tais como a Space Mountain, uma montanha russa interna onde se "viaja" pelo espaço (carrinhos desconfortáveis demais pro meu gosto, mas o visual era interessante). Andamos de carros de corrida num mini-autódromo e a Carolina até levou multa... hehe... brincadeirinha!

Visitamos as casas do Mickey e da Minie. A casa dela toda arrumadinha e a dele... uma bagunça só! Acho que minha casa tá mais pro Mickey... não sei por que...
Aqui a casa da Minie...




Do Mickey...



E, é claro, do Pluto!

Passeamos de trenzinho pela história da Branca de Neve, admiramos as lojinhas dessa área do parque, chamada de Terra da Fantasia, exatamente aos fundos do Castelo.

Ao centro da pequena vila, um carrossel multicolorido despertou instintos pueris em alguns de nós. E... se há um lugar onde se deve andar de carrossel, é aqui. A pedido da Lígia, lá fomos nós!


Eu já mostrei o Castelo visto dos fundos?


Uma mostra dos lindos mosaicos localizados na passagem interna do castelo, contando a história da gata borralheira. Nessa foto, a cena em que Cinderela prova o sapatinho de cristal:

Ainda na Terra da Fantasia, assistimos ao melhor filme 3D até agora. Uma cômica aventura em que o Pato Donald tenta recuperar o chapéu mágico do Mickey passando pelos grandes clássicos modernos da Disney: A Pequena Sereia, o Rei Leão e Aladdim. Hilário e emocionante. Foi aqui que surgiram as primeiras lágrimas. Acho que não quero ir embora daqui...

E o castelo cor-de-rosa?


Depois do filme 3D a Lígia e a Mariana voltaram para o hotel e nós continuamos. Fomos direto para a Mansão Mal-assombrada. Não chega a assustar, até porque não é esse o propósito, mas impressiona pela perfeição nos detalhes e na super-produção de cenários, projeções e imagens holográficas. Melhor ainda foi quando voltamos à noite com a Ligia e a Mariana, pois estava ainda mais escuro e o clima sombrio favorecia a atração. Muito bom!


Depois dos fantasmas, assistimos uma brilhante apresentação de toda a galeria de presidentes dos Estados Unidos, inicialmente com vídeos e depois com bonecos animados (animatrônicos) com impressionante perfeição. Para os americanos, um motivo de orgulho por sua história. Para os turistas, uma bela aula de civismo, sem deixar de impressionar pela perfeição da produção.

Assistimos ao show "country" dos Ursos Cantores (lembro bem deles da TV naquelas citadas tardes de sábado...), olha só:

Visitamos a casa-da-árvore da Família Robinson e chegamos na atração dedicada aos Piratas do Caribe. A atração é um passeio de barco por cenários que contam a história dos piratas, desde as ilhas por onde passaram e deixaram rastros, pelas batalhas entre navios, até chegar nas vilas saqueadas, tudo com muito humor e colorido, finalizando com a prisão de todos os bandidos... quer dizer, quase todos.
O esperto Jack Sparrow, herói vivido por Johnny Depp no cinema, fica com todo o ouro roubado. Aliás, tudo impressiona, mas a semelhança dos bonecos que representam Sparrow com o ator é de atordoar. Será que não era ele mesmo??!?

Já era noite e a hora do show de fogos se aproximava, mas ainda deu tempo de entrar numa última atração.

Mas antes... eu já mostrei o castelo azul?
...e laranja?

A última atração antes do show foi a bordo de pequenos barcos a vela voadores passando pela história de Peter Pan, um dos personagens mais inspiradores da literatura infanto-juvenil. E a reconstituição dos cenários e das cenas do desenho animado produzido por Disney é, de novo, encantadora!

Saímos da Terra do Nunca e reencontramos a Lígia e a Mariana na praça em frente ao castelo e ali permanecemos durante a parada luminosa que antecedia o show. A parada é realizada com personagens clássicos em carros alegóricos ricamente iluminados.


 

Esse carro acima era do Príncipe Encantado da Cinderela, com o sapatinho de cristal à mão... tivemos que segurar a Carolina pois ela jurava que o sapatinho ia servir nela... nem que tivesse que por algodão na ponta! A foto foi tirada de longe, mas ela afirma que foi o príncipe mais lindo que já viu. Coisas do imaginário Disney!

E depois veio o show de fogos. Para um dia tão cheio de encantamento e magia, o show, denominado "Wishes" (desejos) não poderia ser melhor encerramento.

Aqui efetivamente não dá pra descrever. Veja algumas fotos abaixo.




Ah, lembra que eu senti falta da Sininho voando sobre o castelo? Pois é. É ela que inicia o show, "voando" do castelo - peço desculpas, mas não tenho foto dela. Acho que fadinhas não saem em fotos, assim como os vampiros... hehe

É isso! Depois do show ainda voltamos a algumas atrações, graças às nossas "extra-magic-hours" e perto da uma da manhã voltamos para o hotel. Mortos de cansaço, mas com a alma revigorada!

At...

Ah, eu mostrei o Castelo em duas cores?

he he he...

Até!