domingo, 18 de outubro de 2009

Malá Strana e Karluv Most (5º Dia)

Antes de começar, quero complementar uma informação que deixei com "xxx" no post anterior: o custo do Prague Card é de 34 Euros. Veja mais sobre ele clicando aqui.

Nesta sexta-feira, último dia inteiro em Praga – amanhã embarco para Cracóvia às 14h – meu plano é explorar a região de Malá Strana e seguir pela famosa Ponte Carlos (Karluv Most), explorando outras atrações na Cidade Velha.

Malá Strana é a região da cidade que fica na margem esquerda do rio Vltava (pronuncia-se VoltavÁ, com pouca força no 'o' e bastante força no último 'A'!), logo abaixo do Castelo de Praga. É a região que menos se modificou desde que foi construída. Há belos edifícios barrocos e renascentistas, construídos entre o século 13 e 18. Vários deles hoje abrigam embaixadas estrangeiras. Há também uma concentração de lojas de souvenirs, porém achei que são mais “arrumadinhas” do que na Cidade Velha. Algumas são ateliers de artesãos e artistas, outras são pequenas galerias de arte, dando um charme especial ao bairro.




Um dos destaques do bairro é a Igreja de São Nicolau, construção barroca por excelência, cuja cúpula e torre são presenças marcantes no horizonte da margem esquerda do rio. Sua construção se deu durante o século 18, concluída em 1769. Grandioso, seu interior guarda belíssimos afrescos e inúmeras estátuas barrocas.

Veja algumas fotos da igreja e de seu interior:







Dirigi-me à Ponte Carlos, próxima etapa do dia. Logo de início, entrei na Torre da Ponte de Malá Strana – é uma das atrações incluídas no Prague Card. São três pisos ligados por uma estreita escada de madeira. Cada piso tem alguns painéis contando a história da torre. Mas o melhor de tudo é a vista do último piso. Perdi a conta do número de fotos que tirei. Tem uma inclusive pra provar que eu realmente estou aqui... hehe








A Ponte Carlos (ou Karluv Most) foi construída no século 14 e leva o nome do Imperador que a encomendou, Carlos IV. Durante quase trezentos anos foi a única ponte a cruzar o rio Vltava. Antes adornada apenas por uma cruz de madeira, a partir do século 18 recebeu 30 estátuas de santos e uma de Cristo crucificado, colocado na antiga cruz de madeira. Além da beleza da própria ponte, as vistas de Praga para todos os lados são hipnotizantes. Passaria uma tarde inteira aqui. Veja se não tenho razão nas fotos abaixo.

A primeira é uma vista da ponte a partir da margem:


Essa é a passagem sob a torre com o bairro Malá Strana ao fundo, visto a partir da Ponte:



E essas outras são todas vistas a partir da ponte, para todos os lados:








Assim encerrei a programação de caminhadas do dia. Eram quase cinco da tarde e eu tinha comprado um ingresso para um concerto numa das pequenas igrejas da Cidade Velha. Aliás, para quem gosta de música clássica, como eu, essa cidade é o paraíso. Quase todas as igrejas apresentam concertos em horários diversos a partir das 17h. Quase todos focam na música barroca de Vivaldi, Pachelbel e sempre incluem Mozart, ilustre morador da cidade e que compôs aqui a ópera Don Giovani, e Beethoven, que também passou um tempo por aqui.

Escolhi um concerto pelo programa, já que contava com o Adágio de Albinoni, uma das minhas preferidas. E acertei em cheio. A igreja é pequena, construída no século 12 e tem uma atmosfera incrível. Sem ornamentações, hoje só é aberta para concertos. As paredes de pedra são propícias para a acústica e tornam a experiência imperdível. O concerto foi executado por um quarteto de cordas e o programa incluía, além de Albinoni, Vivaldi, Mozart, Bach, Brahms e Bizet.

Como há muitos concertos pela cidade e não são muitos os turistas que procuram esse tipo de programa, a platéia era pequena, o que, diga-se de passagem, fez parecer um concerto particular e exclusivo. Sensacional! Veja fotos da igreja, por dentro e por fora. E se quiser ouvir o Adagio de Albinoni, clique aqui.

Foto externa:

...e o palco do concerto:


O concerto terminou antes de 18h30 e por isso dava tempo de assistir a uma apresentação do chamado Teatro Negro de Praga, um “produto” típico, por assim dizer. Não gostei.

Sabe aquelas apresentações feitas para turista? Pois é... caí nessa. Mas eu tinha que ver. Como são muitos os grupos que fazem esse tipo de teatro, imagino que escolhi o errado. Mas pela divulgação, parecia ser o “original e pioneiro”... imagine os outros!

Só pra explicar, é chamado teatro negro porque usa um palco todo revestido de tecidos negros e a iluminação é feita usando luz negra, daquela que realça o branco e as cores claras e tudo que estiver vestido de preto desaparece. O efeito visual é lindo. Há cenas bem pensadas, mas eu esperava mais. Como não há texto (até porque só os tchecos entenderiam) e as músicas são muito lentas, acaba dando um sono danado!

Mas antes de dormir, vamos comer! Hoje não tem foto do prato. Acabou a bateria da máquina... hehe... Mas tudo bem. Cometi uma heresia e entre tantos restaurantes típicos, fui comer no TGI's Fryday, franquia de restaurantes americanos... digamos que eu quis provar dos resultados da extinção do comunismo! Podem ser imperialistas, capitalistas, consumistas, o que for, mas aquelas costeletas de porco grelhadas com molho Jack Daniels são divinas!

Assim terminou a sexta-feira. Amanhã uma corrida ao centro pela manhã para umas comprinhas e à tarde o trem para Cracóvia. Conto tudo depois!

Até.

2 comentários:

  1. O concerto deve ter sido uma experiência incrível... Só fiquei imaginado !!!

    ResponderExcluir
  2. Oi de novo!! Obrigada pela visita !! Estou em dúvida entre encarar o trem que você pegou de Praga para Cracóvia ou ir de avião. O que você acha? O caminho é bonito e compensa ir de trem? um abraço !! Juliana

    ResponderExcluir

Olá! Deixe sua impressão sobre esse post, sobre o blog, sobre uma viagem, escreva... você agora é o Leitorviajando!