Mas apesar do "auto-desabafo", não garanto ainda que os posts serão mais freqüentes. Até por isso não divulgo muito o blog. Não tem nada mais frustrante do que entrar num blog e descobrir que ele não é atualizado constantemente.
Mas vamos aproveitar que eu estou escrevendo e contar um pouco mais de viagens realizadas. Até agora praticamente só escrevi sobre a última incursão na Europa, e mesmo assim não concluí os relatos.
Essa viagem aconteceu em agosto de 2008, quando fui do Brasil para Paris, passei uma semana em Edimburgo na Escócia, uma semana com a minha sobrinha Soraia rodando por alguns lugares do Reino Unido, tais como Liverpool e Stonehenge e finalizei com alguns dias em Londres e outros em Paris antes de embarcar de volta.
Pois bem! Descrevo aqui um dia perfeito em Londres. Foi um dia marcado por passeios a pé. Saí caminhando à procura de um café da manhã típico e pertinho da Trafalgar Square achei um "boteco" que servia o "english breakfast". Comi ovos fritos, salsichas, bacon, torradas e... feijão! Uma bela refeição para agüentar um dia de caminhada.
Depois do café, segui caminhando a fim de encontrar a London Eye. Minha intenção era aproveitar o primeiro dia na cidade para vê-la de cima. Não precisei andar muito e logo cheguei na margem do Tâmisa, pertinho da "gigante roda gigante".
Gigante também era a fila... apesar de ser ainda 10 da manhã, o público já era grande. Aqui tomei uma daquelas atitudes esnobes que custam um pouco mais mas fazem bem ao ego...
Comprei o bilhete preferencial, que dava direito a furar fila. Nesse caso, fez bem pro meu tempo também, pois 3 dias em Londres é realmente muito pouco. Por 25 libras entrei quase direto. A fila tinha pouco mais de 30 pessoas e, como entram cerca de 20 por gôndola, rapidinho eu estava iniciando minha viagem.
London Eye é uma experiência imperdível. Esqueça as rodas gigantes da infância. A gôndola aqui é na verdade um bondinho, maior do que aqueles do Pão de Açúcar. Tem um banco no meio, mas ninguém quer ficar sentado. Cada volta você quer olhar para um lado da cidade e tentar identificar onde andou ou onde pretende andar, como no meu caso. Big Ben, Catedral de Saint Paul, Museu Britânico, tudo está lá, pertinho...
Sem dúvida, recomendo iniciar qualquer viagem a Londres por aqui. Quando voltar, acho que vou fazer de novo...
Depois da London Eye, saí andando pela margem direita do Tâmisa, até chegar em mais uma área cultural da cidade. Passei pela Tate Modern Gallery e fui direto ao Globe Theatre, objetivo desta etapa de caminhada.
O Globe é a reconstrução fiel do teatro usado por Shakespeare na sua época. Era aqui que o bardo estreava suas obras recebendo os aplausos e as vaias de uma platéia sedenta por diversão.
Admito: eu ficaria dias aqui só imaginando Shakespeare andando por aqui, atuando, escrevendo... esse é o meu mundo!
Não fiz a visita guiada porque pretendia assistir um espetáculo e queria antes me informar a respeito. Na bilheteria comprei logo o ingresso para assistir "Timão de Atenas", uma das tragédias do bardo inglês. Aproveitei o tempo de espera para conhecer a lojinha do teatro (muita coisa interessante!) e fiz um lanche delicioso no café.
A emoção de entrar no "Globe", mesmo que seja uma reconstrução, foi para mim um dos momentos mágicos daquela viagem. E ficará marcada na minha memória. O ambiente é rústico, os bancos são de madeira e o palco é... lindo!
A peça durou cerca de 3 horas e, não fosse uma senhora um pouco inquieta ao meu lado, eu nem teria sentido o tempo passar. Felizmente comprei ingresso para as frisas, de onde se assiste sentado. O meio do teatro é para o público que assiste em pé. O pitoresco do fato é que ninguém pode se sentar no chão ou mesmo se encostar nas pilastras. Isso mesmo! Fiscais do teatro pedem gentilmente que as pessoas se levantem ou desencostem... gostei!
De alma lavada e o coração leve como a pena que o bardo usava para traçar obras primas, saí do teatro e caminhei. Atravessei o Tâmisa pela Ponte do Milênio, sem saber pra que lado olhar. De um lado, a Tate Gallery. Do outro, a cúpula imponente da Catedral de São Paulo. No meio, vistas do Parlamento ou do centro financeiro de Londres. Um belo passeio para fechar o dia.
Mas não encerrei o dia com esse passeio. No caminho do hotel passei pelo teatro onde acontecem as apresentações do musical "O Rei Leão". Não resisti. Comprei o ingresso para aquela mesma noite. Corri para o hotel, tomei um banho, troquei de roupa e voltei ao teatro. Essa é a imensa vantagem de escolher cuidadosamente a localização do hotel...

Tá bom... acho que serei repetitivo, mas não resisto: foi mágico! A produção do Rei Leão é deliciosa. As músicas que ficaram tão famosas na versão em desenho animado vistas ao vivo ganham ainda mais força e vibração. Os cenários, figurinos, tudo foi perfeito!
Ao sair do teatro, já perto das onze da noite, poucos restaurantes estavam abertos no caminho. Essa é uma característica da Europa. Deve-se jantar antes do teatro. Depois, você vai a bares e clubes noturnos. Mas não era o meu caso... e a fome? Terminar um dia perfeito num "fast food"? Não! A poucas quadras do hotel havia um restaurante tailandês. E estava aberto! E foi divino!
O ambiente...
O prato principal...
...e a sobremesa!
Assim foi um dia perfeito em Londres. Se fosse pra repetir, não pensaria duas vezes. E o melhor de tudo: eu só tinha planejado o "Globe Theatre"...
Até a próxima e boa viagem!
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