A parte final do dia de metrô foi no Metropolitan Opera House.
Não sei se tenho muito a dizer a respeito. Foi tudo tão... especial... que acho que ainda carrego uma certa hipnose com a situação. O teatro é lindo. Todo decorado em púrpura e dourado. Além de lindo, é gigante. Tem platéia e cinco balcões, que atingem uma altura de um prédio de 6 andares, mais ou menos.
E essa também é a altura da boca de cena (abertura do palco - tamanho da cortina, pra ficar mais claro... hehe).
Por aí dá pra imaginar como eram os cenários da ópera. Quatro atos, cada um com cenário diferente. Teve momentos em que o público aplaudiu assim que a cortina abriu, tal foi o encantamento com o que se via. Bem, tem coisas que são difíceis de descrever, mas talvez baste dizer que os cenários foram criados por Franco Zefirelli, aquele que dirigiu na década de 60 o filme Romeu e Julieta (da música famosa tan-tan, tan-tan... que sempre cantarolamos para identificar uma cena de romance) e a melhor produção sobre a vida de Cristo: "Jesus de Nazaré". Ambos impecáveis no quesito direção de arte (cenários e figurinos)... daí pode-se imaginar o trabalho dele num teatro.
Os cantores eram acima da média. Não eram virtuoses do 'bel canto', mas encantaram com árias famosas, como "Che gelida manina" e "Chiamam me Mimi". Mas não serem virtuoses não quer dizer muita coisa no mundo da ópera contemporânea. Há muitos cantores muito bons e certamente todos eles passaram ou pasarão pelo MEtropolitan de Nova York. Além do mais, Maria Callas e Pavarotti ainda não tiveram substitutos à altura... (nem o Andrea Bocelli, viu, Dona Tina...)
Que dizer mais... orquestra impecável, coro afinado, figurinos e iluminação tão perfeitos quanto o cenário.
E nos intervalos... ah, os intervalos... Foram dois, cada um com 20 minutos. É claro que eu aproveitei para passear pelos saguões do teatro e destrinchar cada cantinho. Só não fui até os balcões porque fiquei com receio de me atrasar pra voltar... hehehe... E, é claro, dei-me o prazer de tomar uma taça de champagne... miséria pouca é bobagem!
Tenho algumas fotos do teatro. Não ficaram boas, pois a máquina desregulou por algum motivo desconhecido e o controle de luz foi afetado. Mas dá pra ter uma idéia. Da ópera, é claro que não tenho fotos...
Aqui, a fachada do Metropolitan:

Aqui uma visão de dentro para fora, com os lustres que parecem explosões de cristal:

Aqui, uma idéia da cortina. Não dá a noção do tamanho, pois as pessoas estão próximas de mim e distantes da cortina. Mas dá pra ter uma idéia do visual.

E aqui, uma visão dos balcões:

Foi assim. Terminou com aplausos efusivos e todos saindo com a alma lavada. Lá fora, a chuva caía insistente. E eu saí caminhando até a estação de metrô. Nem senti a chuva fria. Acho que estava bem aquecido...
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