terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Essa viagem acabou. Quando é a próxima mesmo?

Acabou mais uma aventura!
Escrevi esse post no aeroporto de Nova York esperando o vôo de retorno e só publiquei agora porque mal cheguei e tive que fazer uma pequena mudança para o meu apartamento.

Bem, meu último dia em Nova York foi para conhecer um outro canto da cidade. Fui até o distrito financeiro, onde fica Wall Street, a Bolsa de Nova York e... ficava o World Trade Center. Fui de metrô direto até o ponto do WTC. É impressionante.

O local é um gigantesco canteiro de obras. As fundações do novo edifício já estão bem adiantadas. Logo logo a "Freedom Tower" (Torre da Liberdade) começará a brotar do chão. Esse é o nome da torre mais alta do complexo de edifícios, museus e parques que será construído no local onde ficavam as torres gêmeas.

Bem ao lado da obra fica o "Tribute Center", pequeno museu dedicado à tragédia e às vítimas. É um espaço pequeno. Ainda provisório, pois depois, no novo complexo que está em construção, haverá um museu todo dedicado ao fato.

Você entra e a primeira sala apresenta as torres antes do ataque. Uma maquete, fotos da vista que se tinha do alto delas e um vídeo com depoimentos de pessoas que trabalhavam lá. Mostra como era a vida na "cidade" WTC.

Mas a partir da segunda parte da exposição o clima começa a pesar. Fotos, textos, relatos dimensionam o acontecimento. Objetos encontrados nos escombros complementam a imagem de terror. Um pequeno caco de vidro, com pouco mais que 5cm de largura é apontado como um dos maiores encontrados, para dar uma idéia do grau de destruição.

Esse é um pedaço de um dos aviões que atingiu as torres:


Uma parede inteira é composta só de avisos de desaparecimento feitos por familiares, com fotos, dados pessoais e até recompensas oferecidas para quem tivesse notícias. Outro vídeo mostra o trabalho de resgate dos corpos, ou do que sobrou deles. A identificação dos corpos precisou ser feita por testes de DNA.

A terceira parte é praticamente um memorial às vítimas. Numa parede a lista de todos os nomes. Em duas outras, milhares de fotos e objetos das pessoas, certamente cedidos pelas famílias. Para dar uma idéia do que se sente nesse lugar, basta saber que nos bancos que existem na frente dos painéis há caixas de lenços de papel para quem precisar...


Finalmente, há a sala dedicada à reconstrução... física e moral dessa parte da ilha de Manhattan. Antes, porém, passa-se por uma escada toda decorada com milhares de origamis enviados pelo Japão, numa alusão à tradição que se estabeleceu após o ataque de Hiroshima: uma menina que morreu pelos efeitos da radiação da bomba atômica fez centenas de origamis enquanto esperava a recuperação no hospital. Ela não sobreviveu e os origamis viraram símbolo de esperança.

Segundo se conta, o memorial às vítimas de Hiroshima tem milhões desses origamis, deixados por pessoas de todo o mundo. Aqui, foi a forma que os japoneses encontraram para mostrar solidariedade ao povo americano.

Saí do museu e caminhei em volta do canteiro de obras. De uma passarela elevada pode-se observar o trabalho dentro do canteiro, agora sem sinal dos escombros que vi nas fotografias. Alguns edíficios em volta também estão em obras, provavelmente recuperando as estruturas abaladas pelo imapacto.

Mas há novos edifícios e outros já recuperados, como o World Financial Center, um complexo de edifícios de escritórios com um átrio no térreo que é atração turística pela sua beleza. Trata-se de um jardim de inverno gigantesco, todo com telhado de vidro (todos os vidros tiveram que ser substituídos depois do 11 de setembro).

É um lugar lindo, onde se pode também sentir a correria das pessoas de negócios em ternos e 'tailleurs', dando um gostinho do que é a vida agitada na capital do mundo. Aqui tem-se uma vista dos jardins no lado de fora do edifício:

Já mais recuperado da visita ao museu do WTC, caminhei até a Wall Street, tirei algumas fotos...
...da Wall Street propriamente dita:

...da Bolsa de Nova York:

...e de um lindo passeio pela "Esplanade" que liga o World Financial Center ao "Battery Park":


Depois, peguei o metrô de volta à região da Times Square. Desci na Estação Central (outro cenário de filmes...), magnífica construção recentemente restaurada, de onde partem e onde chegam trens de toda parte dos Estados Unidos.

Tem diversas lojas em sua volta e... ai, ai... um pequeno "mercado municipal"... delícias de todos os tipos, sabores e aromas estavam ali em cerca de 10 quiosques que vendem peixes, carnes, queijos, especiarias, pães, frutas, verduras, doces, frios, patês... tudo que é bom! Um lugar para voltar com fome, com certeza! Eu até estava com fome, mas tinha que continuar a caminhar e ali não tinha onde sentar e comer. Se tivesse...

Fechei o dia na Broadway. Para variar um pouco, assisti um musical... hehehe. Dessa vez, foi "Mary Poppins", pois preciso de inspiração para a nova peça infantil do meu grupo de teatro... hehe... é uma boa desculpa!

Trata-se de um musical à moda antiga, aliás, ele é original da década de 70 (ou antes, não sei bem). Mas as canções são lindas e a produção é a Broadway por excelência. Cenários perfeitos, todos movimentados eletronicamente, figurinos ricos e coloridos, como tem que ser.

É isso! Obrigado por me acompanhar nesses relatos e até a próxima!
No próximo post vou colocar mais fotos, sem muito texto...
Amanhã volto ao trabalho... e a pensar na próxima viagem!

Um comentário:

  1. Adoro ler seu blog! Vc escreve tão bem que parece que eu tava junto na viagem...
    Me arrepiei com as histórias do museu WTC, triste demais!!

    Mas agora vc podia fazer uma viagem mais curta de carro mesmo, a 400 km p/ o sul pela BR 101 e vir me visitar... e claro trazer a vó também!
    Aqui também tem lindas paisagens, praias, passeios... no inverno tem até baleia na praia!!!
    Aí vc faz uma postagem de Garopaba no seu blog... chique demais!!!
    Beijão
    PS: seus dvds estão inteiros e comigo. O Shrek é o preferido do Natan. Te entrego em breve todos!!!!
    Simone

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