domingo, 17 de agosto de 2008

O que assisti

Pois é... demorei um pouco, mas estou blogando de novo!
Já estou em Swansea, no País de Gales, cidade onde mora minha sobrinha Soraia.
Mas antes de falar daqui, quero falar um pouco mais de Edimburgo, especialmente dos espetáculos que assisti no festival.

Ah, esse post vai sem fotos, mas prometo que assim que der eu faço um só com fotos de Edimburgo.

Já falei outro dia sobre o show com as bandas marciais e do grupo africano. Nesse mesmo dia, assisti ao concerto lírico "Israel in Egypt", com a Scottish Chamber Orchestra. Foi um daqueles belos momentos para se guardar na memória. A obra, composta por Handel para coro, orquestra e solistas, conta a história da libertação do povo hebreu do Egito. Um coral de 150 vozes me fez ficar arrepiado com a música. Posso dizer sem medo que valeu a pena!

(Mesmo sentado na última fila do segundo balcão do teatro - mais alto que o Guaíra - em poltronas apertadíssimas em que eu e os dois companheiros de cada lado tínhamos que revezar para ficar um pouco encostado... hehehe)

No dia seguinte assisti outro concerto, agora para orquestra e solo de soprano. A Orquestra era a Finnish (Finlandesa) Radio Synphony Orchestra e a soprano Sakari Oramo, também finlandesa. Qualquer coisa que eu diga sobre esse concerto não vai descrever a beleza. Então, digo apenas que foi sublime. Lembrei muito do "seu" Rocha, meu pai. Ele teria gostado muito desse concerto.

No terceiro dia assisti um apeça de teatro. O grupo era da Palestina e o texto era um poema de Mahmoud Darwish. Todo falado em árabe, o entendimento se deu por conta de legendas em inglês. Foi uma experiência marcante, considerando o aspecto visual da peça e as músicas cantadas pelos atores. Confesso que eu precisaria de mais tempo para digerir o texto, cuja compreensão obviamente ficou prejudicada, dadas as condições da apresentação - árabe legendado em inglês.

Finalmente, o último espetáculo que assisti foi Steve Reich Evening, um balé contemporâneo. Este não me agradou. Gosto de dança moderna, mas aqui senti momentos de impaciência e até irritação com coreografias demasiadamente repetidas e movimentos que não me transmitiam a expressão de nada... pela força dos aplauos no final, acho que estava meio cansado e não consegui absorver o que a maioria viu. Pelo menos vi alguns que nem aplaudiram... hehehe.

Esse foi o meu festival. Teria inúmeras outras opções (centenas), mas preferi me manter naquelas que já tinha comprado.

De qualquer forma, posso afirmar, de novo, que valeu muito a pena!

E Edimburgo é cidade para voltar. Com certeza!

Um comentário:

  1. Aclélio, você está cada vez mais "se achando", né? Cada vez solta as amarras e vai para mais longe. É assim que se faz!

    Compartilho com você o sentimento pelas viagens, que são uma das melhores coisas que se pode fazer nesta breve passagem terrena.

    A propósito, no ano passado fiz um roteiro exatamente pelo Reino Unido, com direito, também, à Escócia, com sua Edimburgo úmida, fria e cinzenta, que, diferentemente de você, me deixou um tanto deprimido e bastante enregelado. Ponto bom: também ter ido assistir a uma (apenas) peça do Festival, muito boa, por sinal.

    No mais, te desejo uma super viagem, muita comida boa, muito passeio legal, porque a Europa é de encher os olhos, a alma e, claro, o coração.

    Vou acompanhar teu tour por aqui.

    Grande abraço.


    Ladier

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